Por Mário de França Miranda
06 agosto 2024
Resumo
O texto busca resgatar o papel do Espírito Santo numa configuração sinodal da Igreja para corrigir a ênfase unilateral da dimensão doutrinal e jurídica, própria da tradição eclesiológica ocidental.
Numa primeira parte, se demonstra ser todo o Povo de Deus o destinatário primeiro da missão de proclamar e realizar o desígnio salvífico de Deus, conhecido como Reino de Deus. Sua fundamentação valoriza, sobretudo, os textos do Concílio Vaticano II.
Segue-se uma segunda parte, que demonstra a ação do Espírito Santo em todos os membros da Igreja, iluminando sua fé e estimulando suas práticas e iniciativas. Deste modo, emergem realidades como o “sentido da fé”, a diversidade dos carismas, a configuração institucional da Igreja e a autoridade (exousia) de todos na missão comum.
Na parte final, se aborda como poderia se configurar uma Igreja realmente sinodal: suas condições e suas possibilidades.
Data de publicação
Abril de 2022
Revista
Revista Eclesiástica Brasileira Vol. 82 No. 321.
Sobre o autor
Mário de França Miranda é professor-emérito de teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É autor de várias obras e numerosos artigos, especialmente nas áreas de antropologia teológica, inculturação da fé, diálogo inter-religioso, eclesiologia, entre outras. Seus últimos livros são: A Igreja em transformação (Paulinas, 2019); e Vislumbres de Deus (Paulinas, 2019); e Recordações da minha fé (Paulinas, 2021).