O processo sinodal na Igreja Católica recebeu novo impulso com a recente aprovação do plano de ação pelo Papa Francisco, mesmo estando internado no hospital. Este gesto ressalta a urgência de caminhar em direção a uma Igreja mais participativa e democrática. A convocação de uma Assembleia Eclesial em 2028, que substituirá a tradicional Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, representa um passo significativo em direção a uma maior inclusão de todos os membros da Igreja na tomada de decisões.
A este respeito, Helena Jeppesen-Spuhler, delegada suíça no recente Sínodo da Sinodalidade, expressou sua satisfação com este desenvolvimento em uma entrevista com Pfarr Blatt ( https://www.pfarrblattbern.ch/de/ ).
Segundo ela, esta assembleia permitirá a apresentação dos resultados de processos locais que acontecem ao redor do mundo, fomentando uma Igreja mais democrática e participativa. Ele enfatizou que esta fase do processo sinodal se concentra na implementação de respostas nas igrejas locais, dando-lhes tempo e espaço para desenvolver sua própria jornada sinodal.
Comissão para a Sinodalidade na Suíça
No contexto suíço, a Comissão Sinodal Suíça ( SyKo ) desempenha um papel importante no monitoramento e apoio aos processos sinodais nas dioceses individuais. Jeppesen-Spuhler enfatizou que a SyKo deve monitorar o progresso, oferecer suporte e promover iniciativas, especialmente em áreas onde ações concretas ainda não foram implementadas.
Este trabalho é essencial para garantir que as reformas e os processos sinodais avancem efetivamente em todo o país. No entanto, desafios foram identificados dentro do SyKo, pois há abordagens diferentes entre as regiões de língua alemã e francesa na Suíça.
Enquanto alguns defendem reformas estruturais concretas, outros se concentram na sinodalidade como um método de diálogo e escuta. Jeppesen-Spuhler enfatizou que ambos os aspectos são fundamentais e devem ser integrados para alcançar uma renovação efetiva da Igreja.
Rumo à construção de uma Igreja inclusiva
Olhando para o futuro, espera-se uma maior colaboração a nível europeu. Jeppesen-Spuhler mencionou que alguns delegados europeus propuseram reuniões continentais para compartilhar experiências e fortalecer o processo sinodal na região. Ele também observou que a Igreja na Suíça deve olhar além de suas fronteiras, aprendendo com os acontecimentos em outros continentes, como a recente criação de uma comissão sinodal na Ásia.
A implementação do plano de ação aprovado pelo Papa Francisco representa uma oportunidade histórica para a Igreja Católica. A participação ativa das igrejas locais e a integração de diversas perspectivas serão valiosas na construção de uma Igreja mais inclusiva e representativa de todos os seus membros.
Helena Jeppesen-Spuhler foi uma dos dez não bispos europeus e uma das 54 mulheres votantes nomeadas pelo Papa Francisco para a Assembleia Sinodal. Esta mulher de Aargau trabalha na “Fastenaktion” há mais de 20 anos. Para ler a entrevista completa, clique aqui.
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