CEAMA tece sinodalidade a partir dos territórios amazônicos

CEAMA tece sinodalidade a partir dos territórios amazônicos
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De 27 de março a 4 de abril de 2025, a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) realizou as Conversas Territoriais, uma experiência participativa inédita que reforça o espírito sinodal da Igreja nesta região tão valiosa para o planeta.

No âmbito da construção do Plano Apostólico Sinodal (PAS) 2026–2030, as discussões marcaram um momento histórico na vida das Igrejas locais da Amazônia. Com uma metodologia centrada na escuta ativa, no discernimento comunitário e na corresponsabilidade, a CEAMA abre um novo capítulo em seu caminho sinodal, enraizada nas realidades do território e na voz de seus povos.

Quatro encontros, uma sinodalidade

Conforme planejado, os encontros foram organizados em blocos territoriais, e as discussões reuniram virtualmente delegados dos nove países que compõem a região Pan-Amazônica. Esta foi a programação: Bolívia e Brasil (Grupo 1): 27 de março; Equador e Colômbia: 28 de março; Venezuela e Antilhas: 3 de abril; e Peru e Brasil (Grupo 2): 4 de abril.

Cada sessão foi uma expressão viva dos sentimentos e pensamentos das comunidades amazônicas, assim como uma oportunidade para que tudo o que foi compartilhado fosse direcionado a uma Igreja com rosto amazônico e sinodal.

Escutar o território, discernir com o Povo de Deus

Com uma estrutura participativa cuidadosamente planejada, os encontros permitiram que as vozes do território estivessem no centro do processo. Representantes de igrejas locais, membros da Secretaria Executiva da CEAMA e líderes de igrejas compartilharam avaliações, desafios, esperanças e propostas.

O processo assentou em três pilares fundamentais: Fortalecimento da articulação e participação ativa das Igrejas locais; socializar a metodologia e as etapas do PAS-CEAMA; e definir referências país a país que acompanhem os processos de escuta territorial.

Esses espaços foram um verdadeiro exercício de sinodalidade, onde se fortalece o caminhar juntos, discernindo desde baixo, a partir da vida concreta das comunidades.

Rumo ao PAS-CEAMA 2026–2030

As discussões, além de cumprir os objetivos organizativos, também propuseram um horizonte pastoral de uma Igreja encarnada na realidade amazônica, que denuncie as injustiças e defenda a vida em todas as suas formas, onde a sinodalidade não seja vivida como discurso, mas como prática de diálogo, comunhão e missão compartilhada.

A jornada continua com novas etapas participativas: conversas com os cuidadores da Casa Comum; entrevistas com atores e fundadores do CEAMA; diálogo com organizações eclesiais na América Latina e no Caribe.

A cada passo, consolida-se uma Igreja que busca ser sinodal além de sua estrutura, também em sua espiritualidade e modo de proceder.

A CEAMA agradece a todas as pessoas e instituições que participaram deste processo e reitera o convite para que continuemos trabalhando juntos. Porque somente uma Igreja que escuta, discerne e age em comunhão pode responder profeticamente aos clamores da Amazônia.


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